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A evolução natural do colete balístico

Sua mola propulsora, o poder crescente das armas de fogo.

“Evoluindo da palha, seda e algodão na antiguidade para se proteger das flechas dos inimigos. Passando pelo ferro, couro e aço utilizado no combate corpo a corpo.” (Edisio Do Ó Loiola Junior e Nilson Ferreira em “Histórico e evolução do colete balístico”)

Entende-se que o colete balístico se originou a partir do aprimoramento das primeiras proteções de infantaria dos exércitos da antiguidade. Na cronologia de sua construção advém de materiais como palha, algodão, seda, couro, passando por aço até a descoberta das fibras sintéticas. No histórico evolutivo, percebe-se sempre uma grande preocupação, a redução do peso excessivo para melhor desempenho do combatente nas mais diversas missões.

Sobre a evolução natural dos coletes balísticos, pode-se entender que o homem, em sua instintiva atitude de autoproteção, necessitava criar dispositivos cada vez mais eficientes conforme surgiam ameaças mais potentes, basicamente atreladas ao desenvolvimento das armas de fogo. Nos conflitos onde espadas, flechas e outros elementos perfurocortantes eram as principais ameaças, já existiam armaduras que exerciam tal proteção. Apesar da dúvida da origem do primeiro colete balístico, há quem diga que o crédito pode ser dos Chineses, Coreanos, Norte Americanos e até dos Ingleses, mas o fato principal foi, a proteção veio a partir da ameaça.

De acordo com Rob LAMMLE, em “A Brief History of Bulletproof Vests, 2010”, no século XVI, período visto pelos historiadores como o momento que a civilização ocidental se desenvolveu e se impôs, um ferreiro europeu, após concluir uma armadura peitoral, disparou um projétil contra a mesma para provar sua eficiente proteção impenetrável por projéteis de armas da época. O tiro apenas amassou sua armadura, promovendo, assim, sua invenção, o exemplar que provava sua resistência. Talvez, a partir deste fato, originou-se o termo “bullet proof”.

O exército Norte Americano fez experimentos com seus soldados na primeira grande guerra, os equipando com uma peça que cobria o torso e a cabeça, equipamento desenvolvido a base de uma liga metálica com cromo e níquel. Sua proteção à tiros de rifle, em contrapartida, pesava vinte quilos (David M. ROWEL, A History of Bulletproof vest and Body Armor, 2011). Avançando na linha do tempo, as fibras sintéticas, popularmente conhecidas como aramida, surgem por volta de 1970, chegando ao mercado com uma combinação de resistência, leveza e flexibilidade. Sem dúvida o maior avanço na história da produção de coletes balísticos.

Hoje, o mercado apresenta soluções balísticas diversas com alta tecnologia de materiais empregada. A partir de variados conceitos de pesquisa e desenvolvimento movidos pelo trinômio ergonomia, flexibilidade e proteção, talvez, a busca incessante por novas descobertas possa ter seu viés voltado novamente para a natureza, desta vez, através do fio da teia de aranha. Considerado um dos materiais mais fortes e flexíveis produzidos no meio ambiente, pode ser a próxima substância a ser explorada para novas soluções de equipamentos de segurança no futuro.

Renata Alexandrino Pirolo, Especialista de marketing (Artigo publicado na edição 3, Jul/Ago 2018 da Newsletter Abranews da ABRABLIN)

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