Bari Marketing e Eventos

O que fica de nós

2021 está se findando e, se não fosse esta sensação muito latente, seria clichê dizer que foi um ano difícil, mas de fato temos passado épocas complicadas, não é?

Apesar de todas as mazelas ocorridas entre 2020 e 2021 no mundo e regionalmente no Brasil, nossa casa, um vírus chamado SARS-CoV-2 (Covid-19) que parou nações do primeiro ao terceiro mundo e causou muitas perdas, instaurando-se o caos na saúde pública e privada, irresponsabilidades políticas vindo à tona (nenhuma novidade neste quesito), economia ladeira abaixo e, com tudo caindo sobre nossas cabeças, a única coisa que podíamos fazer é nos determos em nossos lares banhados a álcool em gel.

Sim, quase um roteiro de filme de guerra ou ficção científica, no auge da pandemia pudemos nos imaginar como Robert Neville, personagem de Will Smith no filme Eu sou a Lenda. Mas o fato é que tudo isso vem acontecendo e agora estamos naquela parte do filme em que os sobreviventes saem dos escombros e enxergam a luz do dia, sobretudo amedrontados com o inimigo ainda invencível, mas aliviados por poderem estar aqui lendo este texto.

Diante de tudo isso, é inevitável não questionarmos o propósito desta árdua revolução na humanidade. Para nós que passamos pelo pior momento e somos vencedores desta batalha, afinal estamos vivos, devemos fazer a sábia reflexão do que restou em nós além de subjetivas (ou não) cicatrizes.

O que realmente fica como aprendizado para nós? O valor dos momentos! Sentimentos, atitudes, perdão, palavras ditas e não ditas, afeto em qualquer forma, uma ligação reconfortante para ou de um amigo, doações aos mais necessitados, alguns rompimentos nas relações e até a compreensão e respeito pelo “fique em casa por nós”! Com tudo isso que passamos precisamos ter retido um grande aprendizado, pois acredito que ninguém passa por uma revolução sem evoluir, a duras penas eu sou prova viva disso.

Acredito que estamos saindo mais fortes e menos fúteis. O que tinha tanto valor antes da crise sanitária, hoje vemos que se tornou pífio se não tivermos saúde e diante da ausência daqueles que amamos. Estar dentro de um abraço nunca teve tanto valor como agora! Hoje, talvez, não enxerguemos nossa rotina tão chata como antes.

É a essência do que é bom e do bem brotando novamente dentro de nós, estamos abrindo uma janela de oportunidades para nos tornarmos seres humanos melhores, para nós e para o próximo. É a nossa responsabilidade nos chamando, mesmo que sejamos uma mísera gota parte minúscula de um vasto oceano, mas juntos somos grandes, complexos, profundos e dependentes uns dos outros, isso é fato.

A mudança evolutiva é unânime? Infelizmente, não! Há ainda aqueles que saem disso tudo sem terem aprendido absolutamente nada, pior, são aqueles que saem ainda mais avarentos. Mas a reflexão principal que trago neste texto é que tenho a esperança de sermos esta maioria que semeia de forma consciente e coletiva por dias melhores, que aproveitará este momento e todo aprendizado adquirido para viver verdadeiramente um novo ciclo, seja ele um reinício, uma reinvenção ou uma continuidade, fáceis ou difíceis, mas que seja, acima de tudo, repleto de saúde, amor ao próximo, respeito, prosperidade e gratidão.

Venha 2022! Estou ansiosa por faze-lo o melhor ano da minha vida.

(Na foto minha afilhada Helena e eu. Somente para personificar o que realmente importa, os momentos mais simples que enchem nossos corações de alegria.)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *